Pa-pum
Tuesday, October 30, 2007
  O TEMPO É RELATIVO Ele leu a Bíblia Sagrada. Três Vezes. Também completou a maratona de Nova Yorque em um tempo muito ruim, mesmo para um competidor fora de forma como ele. Jogou War com seus vizinhos e Banco Imobiliário com a turma da firma. Aí jogou conversa fora com todos eles. Fez a barba e tirou os pelinhos do nariz com aquela maquininha que não dura mais que seis meses.

Depois foi até a porta do banheiro e deu três discretas batidinhas. Uma voz feminina falou, meio irritada: Ainda tô me arrumando. Não sei por que você sempre tem tanta pressa.

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Friday, October 26, 2007
  QUEM TEM BOCA VAI A ROMA Desde a infância, esta expressão me intriga. Se queriam nos convencer que com o poder de argumentar uma pessoa pode chegar longe, por que não escolheram um lugar mais distante? Tipo: quem tem boca vai à Conchinchina.

E o que dizer dos mudos, que têm boca mas não podem falar? Estão fadados a viver eternamente em sua própria cidade, como se fosse a ilha de Lost? E os italianos, famosos por gesticular muito enquanto falam, como será que usam este ditado? Deve ser mais ou menos assim: quem tem mãos vai a Piracicaba.

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Wednesday, October 24, 2007
  CROMOTERAPIA DO SEMÁFORO É impressionante o efeito que as cores exercem sobre o comportamento humano quando se está diante de um farol – ou sinal, para os leitores cariocas. O verde, por exemplo, desperta uma vontade incontrolável e urgente de apertar a buzina – mal ele aparece e metade dos motoristas já mete a mão na parte central do volante com toda a força.

Já o amarelo, que na teoria deveria significar atenção, na prática assume um papel completamente diferente. Assim que ele surge, provoca uma inexplicável convulsão na perna direita, deixando-a completamente dura e pesada sobre o pedal do acelerador. Finalmente, o vermelho traz à tona nossos hábitos de higiene. Quase todo motorista, ao se deparar com essa cor, sente uma vontade inadiável de limpar o salão.

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Wednesday, October 17, 2007
  NOSTALGIA Vira e mexe a gente ouve alguém falar que tem saudade da época em que era criança. E toda vez eu me pergunto: saudade de que? De andar por aí cheio de cocô até alguém ter a boa vontade de limpar você? De ficar horas de cara para a parede só porque falou um palavrão? Ou seria saudade de uma época em que o máximo de vida sexual que você tinha era esfregar o cotovelo, disfarçadamente, nos peitos da empregada?

Só resta uma resposta a essa gente: Engole esse choro. Não quero ouvir mais nem um piu.

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Tuesday, October 09, 2007
  FALATÓRIO Monges falam pausado. Comunistas falam rápido. Capitalistas falam empostado. Pilotos de Fórmula 1 falam fino. Gaúchos falam cantado. Baianos falam arrastado. Jogadores de futebol falam errado.

Pessimistas falam baixo. Otimistas falam forçado. Crianças falam gritado. Poetas falam bonito. Ladrões falam agressivo. Policiais falam folgado. Disléxicos falam trocado. Atendentes de telemarketing falam ensaiado. Mulheres falam.

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Friday, October 05, 2007
  FORNI CARD Já pensou em ter um cartão de crédito exclusivamente para suas despesas com sexo? Aceito em milhares de motéis, sex-shops e puteiros, o Forni Card permite que você pague sua fatura em até 69 vezes, sem tirar de dentro.

Dizem por aí que uma administradora de cartão de crédito pensou em lançar mesmo este produto. Mas o projeto não saiu do papel. Pesquisas indicaram que ninguém quis se cadastrar programa de fidelidade.

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Tuesday, October 02, 2007
  QUANDO ERA CRIANÇA, EU ACHAVA Que o Lombardi era pai da Bruna Lombardi. Que só mulheres tinham mamilos – os dos homens caíam assim que ficavam adultos. Que minha profissão seria inventar jogos. Que se eu esfregasse a borracha da escola em alguém, ele desapareceria. Que o SBT tinha pago uma fortuna para Deus fazer a locução daquela vinheta de Jesus na década de 80.

Que chicletes eram feitos para engolir. Que a minha babá era a Rita Caddilac e não vinha trabalhar aos sábados justamente para fazer o programa do Chacrinha. Que se eu trocasse os adesivos de play e rewind das teclas de meu gravador, as funções seriam trocadas também. Que quando você viajava de avião, poderia ver Deus em alguma das nuvens. Mas só se desse sorte de passar pelo mesmo caminho que ele.

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Textos curtos e com muito mau-humor sobre bobagens que não interessam a ninguém. Atualizado às 2as e 5as. Se quiser receber atualizações, mande um e-mail para Zé Luiz


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