Pa-pum
Monday, October 31, 2005
  CASA DE FERREIRO Você já deve ter ligado alguma vez para a administradora de seu cartão de crédito. Antes mais nada, você é atendido por uma gravação que manda digitar o número do seu cartão. Logo em seguida, um funcionário atende e invariavelmente faz a seguinte pergunta: Por favor, qual o número do seu cartão?

Se eu não estou louco, acho que acabei de digitar o maldito número. Pode perguntar para a gravação, ela repetiu algarismo por algarismo. Por que diabos eu digitei meu número, se o funcionário sempre vai perguntar depois a mesma coisa? E se meu aparelho for de disco – já imaginou o trabalho jogado fora? Pelo que eu sei, banco por telefone foi inventado para poupar meu tempo, não para desperdiçá-lo. Meu Deus, o que esses caras vão fazer com meu dinheiro?

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Thursday, October 27, 2005
  É OU NÃO É CONSTRANGEDOR? Você está lá, trocando uma idéia com o sujeito e de repente ele manda um sonoro asterístico. E a pessoa nunca se contenta em falar uma só vez - pelo contrário, fica repetindo a maldita palavra errada a cada duas frases.

O pior disso é que você não sabe se avisa ou não que o certo é asterisco e não asterístico. É igual quando você vê que a pessoa tem uma meleca pendurada no nariz: não sabe se ela vai agradecer o toque ou ficar brava. Nessas horas, a única coisa a fazer é falar que está atrasado para uma festa beneficiente e sair de fininho.

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Wednesday, October 26, 2005
  BAR BARIDADE Me mandaram tanto e-mail sobre desarmamento, que só de vingança vou falar de novo sobre o maldito referendo. Dessa vez é sobre as alternativas para diminuir a criminalidade que não prevêem a proibição de armas. Já tem gente, por exemplo, sugerindo fechar os bares mais cedo, pois grande parte dos assassinatos acontecem de madrugada, nos arredores desses estabelecimentos.

Deixe-me ver se eu entendi: eu tenho direito de andar com um revolver na cintura e até de apontá-lo para alguém, mas não tenho direito de encontrar meus amigos num boteco na hora que eu quiser? Ah, então tá. Eu saco meu revólver e meto na cabeça do dono do bar, fazendo-o de refém. E só tiro depois que o puto abrir aquela merda de novo para eu tomar uma gelada com os manos.

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Tuesday, October 25, 2005
  QUE PAPELZINHO Tava fazendo cocô ontem, quando notei que acabara o papel higiênico. Peguei um pacote novo no armarinho do meu banheiro e li na embalagem que o papel que eu abriria e sujaria em instantes era perfumado.

Mas quem precisa de um papel higiênico perfumado? O sujeito que inventou isso deveria ter umas aulas de anatomia, afinal as células olfativas dos humanos se encontram no nariz e não no ânus. Bom, você pode dizer que o perfume é para quem vai assoar o nariz. Mas, nesse caso, ou eu estou gripado ou com rinite e não posso sentir cheiro. Tenha dó, ainda se fôssemos cachorros e vivêssemos cheirando traseiros alheios, até faria sentido.

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Monday, October 24, 2005
  REFERENDO - PARTE II O Não venceu o referendo de ontem, com cerca de 60 milhões de votos. Nem o presidente Lula, que teve votação expressiva, recebeu tantos votos quanto as armas.

Disso, tira-se uma lição. Se a oposição quer mesmo desbancar o Lula nas próximas eleições, nada de lançar Serra, Alckmin ou Aécio. Para presidente, o ex-zagueiro do Palmeiras, Valdemar Carabina.

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  DIGA OXI Resolvi escrever sobre o referendo do desarmamento só depois de realizado, afinal poucas coisas foram tão chatas quanto aqueles textos tentando te convencer e que ninguém lia realmente. Mas fique sussu, não vou argumentar sobre os prós nem os contras da comercialização de armas.

É que teve uma estatística que não pude deixar de notar e preciso compartilhar: os melhores resultados do Sim foram no Nordeste. Gozado, logo lá onde o pessoal usa as próprias mãos para fazer justiça mais que para fazer acarajé. Mas deixe estar: no dia em que fizerem um referendo sobre a comercialização de peixeras, o Sim vai tomar um pau.

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Thursday, October 20, 2005
  NOVA GRAFIA Ontem deu no jornal que o prefeito de Foz do Iguaçu pretende mudar a grafia da cidade para Foz do Iguassu. De cara, adivinhei: o sujeito consultou a mesma numeróloga da Sandra de Sá. Mas errei na mosca: o objetivo disso é aumentar o turismo por lá.

Será mesmo que o prefeito acredita nisso? Imagine alguém que nunca tenha ido para lá: Foz do Iguassu agora se escreve com dois esses? Puxa, precisa ir para lá hoje mesmo. Mulher ligue para o Mendonça, da agência de viagens. Boa idéia: acho que vou mudar o nome desse blog para Pá-de-pum. Vai bombar, pode crer. 
Wednesday, October 19, 2005
  VOU DE TAXI Eu trabalho a duas quadras de casa e, por isso, costumo ir e voltar a pé. Mas em dias de chuva peço, envergonhado, um taxi. Envergonhado porque a corrida não dá nem 5 reais e, depois de me deixar, o pobre taxista tem que voltar para o fim de uma fila de mais de 80 carros. Para tentar compensar, costumo pagar 10 reais pela viagem - não resolve muito, mas pelo menos minha consciência fica menos perturbada.

Outro dia tive que usar desse expediente e assim que entrei no taxi, pedi desculpas pela corrida curta. Ele respondeu, sem qualquer aborrecimento: Tem problema não, Zé Luiz. Você é nota dez. Além de taxista, trocadilheiro. 
Tuesday, October 18, 2005
  HOJE ESTOU SEM ASSUNTO Por sorte, o dia está chuvoso e sempre dá para falar sobre o clima em situações como essas. Mas escrever não dá: isso não é um site de meteorologia. Podia discorrer parágrafos e mais parágrafos sobre os 6 a 1 do Tricolor sobre o Flamengo, mas é muito mais engraçado zoar torcedor de time ruim pessoalmente.

Pode reclamar que não escrevi nada com nada. Pode me xingar de preguiçoso, acomodado ou do que for. Mas pelo menos não mandei e-mail sobre o referendo do desarmamento: atualmente, a maior prova de falta de assunto vigente no país. 
Monday, October 17, 2005
  A DAMINHA DE FERRO Eu não sou fã de Iron Maiden, mas de vez em quando escuto algumas coisas deles. Mas outro dia reparei que uma das músicas de maior sucesso do repertório deles é “Fear of The Dark”. Traduza e você verá que significa “Medo de Escuro”.

Posso imaginá-los numa entrevista. Nós somos maus. Fazemos cara de maus. Vestimos munhequeiras com espetos de ferro. Agora, se der um blecaute, fodeu. 
Monday, October 03, 2005
  E AGORA, JOSE? Semana passada, Zé Dirceu voltou a depor na CPI. E soltou, em bom caipirês, uma frase definitiva para as investigações. Não foi falando sobre Lula, sobre campanhas, nem sobre o mensalão. Para mim, o momento maior do depoimento foi o início, quando ele disse: estou cada vez mais convencido da minha inocência.

Pera lá, então nem ele tem certeza de que é inocente? Como é que ele quer convencer parlamentares e todos um país de que não cometeu crime, se nem a si mesmo ele conseguiu? Para mim, o depoimento podia parar por aí. Não precisa mais investigação nem interrogatório. O Chico Bento é réu confesso. 
Textos curtos e com muito mau-humor sobre bobagens que não interessam a ninguém. Atualizado às 2as e 5as. Se quiser receber atualizações, mande um e-mail para Zé Luiz


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