O TARADO DO GUARDANAPO

Ele trabalhava numa fábrica de guardanapos de papel. Até aí, tudo bem. Acontece que ele era um tarado. Não desses que abrem o sobretudo para velhinhas na rua – sua tara era muito mais elaborada. A cada 50 guardanapos, ele esfregava um no saco. Não o da embalagem, o saco dele mesmo. Bolsa escrotal.
Assim, todo pacote que saía da fábrica vinha com um “sorteado”. Era maravilhoso, o acaso se incumbia de escolher alguém no mundo para fazer sexo oral nele. Indiretamente, é obvio. Mas para ele era extremamente excitante. Até o dia em que, no banho, encontrou um pentelho no sabonete. Podia ser dele, é verdade. Mas e se existisse um outro igual a ele numa fábrica de sabonetes? Desde então, ele abandonou sua tara. E, por via das dúvidas, nunca mais tomou banho.
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Zé Luiz